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terça-feira, 20 de março de 2012

O Rubro-Negro e Eu em Banho-Maria

Estive sumido.
Recebi pedidos, não muitos, - não é humildade, não foram tantos mesmo - para que eu voltasse a escrever logo. Não sei quanto tempo faz, talvez mês, talvez mais. 

Explico minha ausência. Não foi procrastinação, desinteresse, desgosto. Foi trabalho. Produzi um artigo. Aliás, este foi publicado esta semana. Reconheço que fui feliz com ele. Quem gosta de escrever tem seus artigos, o meu primeiro a ser publicado inclusive, como filhos. Pode não ser lindo, as pessoas podem não achar grande coisa, mas filho é filho, pra gente é maravilhoso e pronto. 

Não só isso. Artigo e muito trabalho. Lecionei história loucamente esse mês. Estudei pouca música, menos do que deveria, mas com certeza mais do que escrevi em volume aqui nessa última leva. Entre dó's, gregos, troianos, navegações e filosofia me perdi esse mês. Pouco Flamengo também. O combustível para escrever não faltou, contudo. A despeito de não ter acompanhado de perto os jogos do time - admito que do estadual tenho passado ao largo - não me falta inspiração para escrever do Rubro-Negro. 

Inclusive, me identifiquei muito com a equipe nesse tempo. Tanto para o Flamengo, quanto para mim, parecia que havia coisa mais urgente a fazer. A mim era o que acima mencionei, ao Fla não sei. Abdiquei de escrever pra fazer outras coisas. O Flamengo abdicou de jogar ainda não sei por qual motivo. 

Mesmo em meio aos afazeres encontrei forças para ir ao jogo contra o Emelec. Ora, convenhamos, como torcedor acredito no título, como ser pensante titubeio. Ir ao jogo de estreia é como crer que será o primeiro capítulo de algo que jamais esquecerei. Realmente, inesquecível. Sai do trabalho em Nova Iguaçu, rumei ao estádio com um grande amigo de profissão, também professor - Nelson, O Sem Limites. Fomos de carro, conseguimos estacionamento com certo custo, compramos ingresso e entramos no meio do primeiro tempo. 

O Flamengo estava fazendo aquilo que só é bom pra fazer com chocolate: Banho-Maria.
Mas não foi por grande potencial não. O jogo estava difícil, difícil de se ver. Horrível. Eis que posso dizer que foi um dos piores jogos que vi na vida. Nem o gol do Vagner Love apaga o desastre daquilo de minha mente. 

O futebol, no entanto, é engraçado. No jogo que não jogamos vencemos, no jogo que jogamos, contra o Olímpia, empatamos. E assim caminha a humanidade, e o futebol continua sem justiça. Que bom, se assim não fosse não empataríamos com o Olímpia, mas também não venceríamos o Emelec. O que é justiça nesse esporte? Nada, definitivamente. 


Bom, quanto ao Flamengo espero o título de Libertadores, repito, sou torcedor, aceitem. Não preciso de provas, preciso crer tão somente. Não me garante nada, só a esperança e a expectativa. 

Quanto a mim, pretendo voltar a escrever. Resumidamente digo que senti falta e que escrever subitamente assim de madrugada foi um deleite que não experimentei por certo tempo. Se foi bom o que aqui escrevi não sei, mas como o artigo que publiquei, esse texto também é um filho, logo pra mim será sempre maravilhoso. 



domingo, 18 de março de 2012

BEM QUE ELE DISSE QUE IA BEM CONTRA O VASCO

“- Meu primeiro gol como profissional foi contra o Vasco, em 2005, e o placar foi 2 a 2 (Atuava pelo Flamengo). Em 2009, quando jogava na Portuguesa, vencemos por 1 a 0 e fiz o gol. Meus amigos até brincam que contra o Vasco eu sempre faço gol e vou bem. Agora o momento é diferente, mas espero ajudar o Botafogo. Se eu fizer um gol vai ser legal.”

A fala é de Fellype Gabriel, hoje ele acrescenta mais um jogo para a sua galeria de bons jogos contra o Vasco. Se já seria legal um gol, imagine três!? Foi o grande nome do jogo, dois gols de oportunismo e um de grande categoria.

O jogo foi bastante movimentado, os dois times, apesar de não mostrarem muita técnica, demonstravam muita vontade e se doavam bastante em campo, muito disputado no meio de campo. Apesar deste equilíbrio, o Vasco estava mais organizado e saia com melhor qualidade o Botafogo era muito mais transpiração do que inspiração. Porém em uma jogada organizada pela direita Elkesson cruzou rasteiro para dentro da área, um jogador do Vasco desviou sem força e a bola sobrou à feição para Fellype Gabriel finalizar com grande categoria. 1x0 Botafogo. Apesar do gol o Vasco permanecia melhor em campo, mais organizado, com o jogo fluindo melhor, porém em uma tabela confusa entre Elkesson e Fellype Gabriel, contando com uma falha grotesca do zagueiro vascaíno (me perdoem, mas não sei o nome do cidadão) a bola sobrou e Fellype finalizou com oportunismo ampliando a vantagem alvinegra.

No segundo tempo o Vasco foi para o abafa e conseguiu um belo gol em grande cobrança de falta. A partir do seu gol aumentou a pressão e criou mais uma boa chance e ficou nisso. Depois daí o jogo ficou morno, o Botafogo controlou melhor o meio de campo e passou a tocar a bola com mais qualidade. A substituição de Herrera por Jobson foi bem feita, Jobson deu mais movimentação ao ataque e atrapalhou bastante os zagueiros vascaínos, sem contar que sua melhor técnica ajudou o Botafogo a criar melhores chances, numa delas, um lateral cobrado por Elkesson, entrou com a bola na área, rolou para o meio e Fellype fez o seu terceiro. O pênalti marcado para o Vasco (mal marcado) deu a chance para os vascaínos voltarem para o jogo, mas Juninho bateu mal e Jefferson (melhor goleiro brasileiro atualmente) pegou.

Daí por diante o Vasco perdeu força e o Botafogo passou a controlar o jogo, trocando passes no meio campo e criando as melhores chances, se tivesse mais precisão nos contra ataques poderia ter vencido por 4 ou 5x1.

Um bom jogo, movimentado, disputado com muita disposição pelas duas equipes que poderia ter sido prejudicado pela péssima arbitragem. O lateral esquerdo do Vasco deu um carrinho por trás no inicio do jogo em Herrera, deveria ter sido expulso, mas só recebeu amarelo. Diego Souza deu um carrinho sem nenhum propósito e razão no goleiro alvinegro, deveria ter sido expulso e só ganhou o amarelo, no segundo tempo fez uma falta por trás em Andrezinho matando um contra ataque, deveria ter sido expulso e mais uma vez não foi. Antonio Carlos que tentou uma cabeçada no jogador vascaíno deveria ter sido expulso e também não foi, por fim o pênalti bizarramente marcado, Marcio Azevedo corta a bola e o jogador do Vasco vem pulando e virando o corpo antes de sofrer o contato, contato que não foi forte o suficiente para derrubá-lo. Péssima arbitragem, Zero fácil para este árbitro.

Os destaques do time foram Fellype Gabriel, Andrezinho (que organizou bem o meio campo alvinegro), Renato (a regularidade de sempre, uma boa opção para saída de bola com qualidade), a zaga foi segura na maior parte do tempo e Lucas sempre é uma boa opção de ataque.

Boa vitória contra um forte adversário, que o time mantenha a pegada para as próximas partidas, na quarta tem jogo decisivo, precisamos vencer e bem.

Abraços e boa noite!!

segunda-feira, 12 de março de 2012

A volta por cima?

Jádson volta, faz gol e decide clássico no Morumbi. Essa é a manchete que se vê por ai e olha que não foi só ele que voltou e decidiu...

O São Paulo jogava mal, não conseguia nada e até gol tomou. Mas aí apareceu o brilhantismo dos que retornaram. Jádson que nem viajou para o Pará no meio da semana, ficou treinando e rendeu frutos. O jogador conseguiu uma boa atuação no segundo tempo, fez um gol e praticamente decidiu o clássico. Fabuloso que voltou no último jogo, marcou o da vitória.

Enquanto o São Paulo parece se encaixar com Jádson voltando a jogar o que sabe e Luis Fabiano a fazer gols, parece que Lucas vai ficando insatisfeito, os problemas pessoais com Leão vão aparecendo e crescendo com o tempo, tudo começou no jogo contra o Independente onde o jogador tentou decidir sozinho.

Depois do jogo, Lucas foi ao twitter reclamar, e Leão passou a criticar o jogador, até que ele 'dorme pouco porque fica no computador e no celular' e que 'fica muito pouco tempo no CT'. O empresário e representante do jogador já reclamou do treinador e espera que isso mude, mas parece que esse fato não vai tirar tão cedo Lucas do São Paulo. O clube rejeitou mais uma proposta esses dias, dessa vez foram 58 milhões de reais (25 milhões de euros) da Internazionale.

O São Paulo vai bem e o Palmeiras melhor ainda, subiu para segundo no Paulista após a goleada sobre o Ribeirão e agora busca de perto o Corinthians, a diferença em um ponto pode cair a qualquer momento já que o timão não vem em boa fase, sempre ganhando por resultados pequenos.. O São Paulo é o terceiro do Paulista, dois atrás do líder e o Santos que botou os reservas e perdeu pro Mogi, caiu pra quarto.

Na Libertadores..

Na Libertadores, os Paulistas vem fazendo sua parte. O Santos pegou o Internacional e com atuação no estilo Pelé, Neymar decidiu e brilhou fazendo três gols e selando a vitória do peixe e abrindo caminho para a liderança do grupo. O grupo ainda é liderado pelo The Strongest que enfrenta o Internacional neste meio de semana, já o Santos pega o Juan Aurich e deve ganhar com facilidade. Novamente o peixe é o favorito para o título, o time segue mais forte do que o ano passado, com Ganso voltando a jogar o que sabe e Neymar no auge, dificilmente alguém vai parar o time da baixada.

Já o Corinthians, parecia que ia demorar para engrenar, mas foi e conseguiu uma vitória fácil por dois gols contra o Nacional do Paraguai. Depois do fiasco da primeira rodada onde esperava uma vitória fácil e o time ficou num empate sofrido no último minuto, o Corinthians parece ter aprendido. Vamos ver na próxima rodada se continuará assim já que o grupo é fraco e fácil.

quinta-feira, 8 de março de 2012

HISTÓRICO!

Procurei palavras e trocadilhos para o título do texto mas só o que me veio a cabeça foi isso: HISTÓRICO.

O Fluminense foi a La Bombonera e não teve piedade do Boca, o tão temido Boca, invicto a 36 jogos, sem levar gols a 4 jogos, com Román Riquelme.

Quase 4 mil tricolores tomaram as ruas de Buenos Aires e fizeram muito barulho, algumas vezes abafando a torcida do Boca, que com a derrota já ia deixando o estádio com 35 minutos do segundo tempo. Uma noite histórica para o Fluminense e para mim, um grande presente de aniversário. Como esquecer essa noite em que completei 22 anos?

A partida não foi difícil, Deco teve uma exibição de gala, além de Fred e Wellington Nem. A defesa tricolor, tão contestada, foi muito bem, principalmente com Digão que se mostrou bastante seguro. Os volantes também tiveram uma participação muito boa, a entrada de Valencia no time está dando muito mais segurança a defesa. E Diego Cavalieri, quando exigido, foi perfeito.O Boca não é o mesmo Boca de 2008, mas é sempre o Boca, principalmente na Bombonera. E por isso essa vitória tem que ser tão valorizada, o Tricolor foi o quarto time brasileiro a vencer no mítico estádio (antes só o Santos, Cruzeiro e o glorioso Paysandu).

É isso, amigos. Ainda faltam 12 jogos para o título da Libertadores, mas uma vitória como essa dá muito mais confiança ao time e a torcida.

quarta-feira, 7 de março de 2012

Hoje é dia de calar a Boca!

Acordei cedo hoje bastante tenso. O nervosismo é visível em mim. Hoje é meu aniversário, mas longe de ser esse o motivo da tensão. Hoje tem Libertadores, hoje tem jogo difícil, hoje vamos a Bombonera, sim, a temível Bombonera.

Fluminense e Boca se enfrentaram poucas vezes na história, um amistoso lá atrás em 1956, no Gasômetro (antigo estádio do San Lorenzo), onde o Boca venceu por 3x1. Em 2008, Fluminense e Boca fizeram aquela eletrizante semi-final da Libertadores com um empate na Argentina, 2x2 no estádio El Cilindro, do Racing, e a vitória por 3x1 do Fluminense no Maracanã para quase 100 mil pessoas que classificou o Tricolor para a final. Ou seja, até hoje, foram 3 jogos, uma vitória para cada e um empate. Cada time marcou 6 gols. Um confronto curto, mas equilibrado.
O clima na Argentina é de guerra, o Boca vem com sangue nos olhos, tratando o jogo da fase classificatória quase como uma final, graças ao que aconteceu a 4 anos atrás. A imprensa diz por lá que o Tricolor só foi a final em 2008 pois não jogou na Bombonera e o goleiro Migliori falhou em um gol do Thiago Neves, único tricolor que esteve naquela semi-final e vai estar em campo hoje, que empatou a partida de ida.

Então Fluminense, hoje é o dia de mostrar a eles que estão errados. Vamos lá, entrar em campo sem medo, sem sentir o peso da torcida adversária. O Fluminense é maior que todos, vamos ter quase 3 mil torcedores lá na área de visitantes apoiando sem parar também. Hoje é dia de não tirar o pé da dividida, é dia de entrar com tudo. Temos jogadores cascudos, que já jogaram Libertadores, Champions League, Mundial. Vamos Fluminense, com garra e com raça.