Vendo
a Série B, durante a segunda rodada, pude acompanhar um pouco de Goiás e
Ceará e até gostei, um empate por 2x2, num jogo agradável, bem jogado
entre dois times que vão brigar para subir no equilíbrio geral da
segundona. Mas não vamos focar no jogo em si. Um personagem me chamou
atenção e me fez refletir sobre a desvalorização de um jogador e como um
clube pode perder uma oportunidade de ouro numa possível transação.
Rafael
Tolói. Zagueiro com passagens pela seleção sub-20 e nunca saiu do
Goiás, nunca. 5 anos no esmeraldino. Até 2009, Tolói era o grande valor
do futebol brasileiro. Cobiçado por clubes europeus, brasileiros, que
enfrentavam a barreira do Goiás e sua alta pedida fora dos padrões para
um clube de mediana expressão no futebol nacional. O resultado foi a
permanência do ainda jovem defensor. 21 anos de idade, e uns 3 jogados
pela janela. O auge de Rafael já passou, dificilmente o Goiás conseguirá
uma verba substancial na velha revelação. O simbolo maior foi o gol
contra deplorável que fez no empate entre seu eterno time e o Ceará. Foi
simbólico!
Sinceramente,
acho que Rafael Tolói se estabeleceu como apenas um bom zagueiro, nada
de fantástico como prometia aos 17, 18 anos. Não vejo futuro na europa,
tampouco na seleção brasileira, haja vista os ótimos zagueiros
brasileiros da atualidade - Thiago Silva e David Luiz. E agora? Como
recuperar aquele dinheiro? Valeu a pena segurá-lo por tanto tempo?
Parece que não! O Goiás perdeu uma injeção financeira que nunca terá de
volta, pelo menos não com Tolói. Grandes clubes ainda pretendem o
jogador, mas esbarram no Goiás e sua teimosia de mantê-lo no clube,
dificultando a visibilidade do atleta e impossibilitando a remota chance
de negociá-lo para um grande europeu.
No Brasil, mesmo com o avanço significativo da economia, ainda é salutar aos clubes a venda de jogadores ao futebol estrangeiro, não tem jeito. Até o Internacional, modelo de gestão por aqui, reconhece a importância de se fazer caixa com os talentos que surgem. Assim sendo, é questão de sensibilidade saber balancear e definir o que é mais vantajoso. Vender, ou aguardar valorização? Apostar demais no talento é perigoso. Mas vender rápido é deixar de ganhar mais dinheiro e perder força dentro de campo. É como especulação imobiliária.
Trouxe um exemplo da contra-mão do que é debatido por aí. "Os clubes brasileiros vendem muito rápido. Está errado" No caso do Tolói, me parece que seria o mais correto. Não podemos fechar um conceito geral de gestão e achar que o clube tem de esperar valorização e segurar a promessa. As vezes, o menino some. Se o clube esperar muito, corre um sério risco de não tirar dividendos das categorias de base. Não defendo a negociação desesperada. Defendo uma analise cirúrgica na hora de gerir um clube, para finalmente conhecermos as limitações e possibilidades de mercado de cada atleta, ou estimá-las. Nem todos são certezas como Neymar.
No Brasil, mesmo com o avanço significativo da economia, ainda é salutar aos clubes a venda de jogadores ao futebol estrangeiro, não tem jeito. Até o Internacional, modelo de gestão por aqui, reconhece a importância de se fazer caixa com os talentos que surgem. Assim sendo, é questão de sensibilidade saber balancear e definir o que é mais vantajoso. Vender, ou aguardar valorização? Apostar demais no talento é perigoso. Mas vender rápido é deixar de ganhar mais dinheiro e perder força dentro de campo. É como especulação imobiliária.
Trouxe um exemplo da contra-mão do que é debatido por aí. "Os clubes brasileiros vendem muito rápido. Está errado" No caso do Tolói, me parece que seria o mais correto. Não podemos fechar um conceito geral de gestão e achar que o clube tem de esperar valorização e segurar a promessa. As vezes, o menino some. Se o clube esperar muito, corre um sério risco de não tirar dividendos das categorias de base. Não defendo a negociação desesperada. Defendo uma analise cirúrgica na hora de gerir um clube, para finalmente conhecermos as limitações e possibilidades de mercado de cada atleta, ou estimá-las. Nem todos são certezas como Neymar.
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