Páginas

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

É tempo de sorrir, sorria!

"Amigos, a humildade acaba aqui."

Com essas palavras do lendário Nélson Rodrigues venho dizer que finalmente o Fluminense venceu e convenceu. Nada como um bom e velho freguês pela frente para colocar o Tricolor de volta nos eixos. Sim, o Vasco é um dos mais antigos fregueses do Tricolor, apesar de nos últimos anos isso ter se invertido um pouco. Um pouquinho de pesquisa e chegamos a época áurea do Vasco, aquele Vasco do Expresso da Vitória, das décadas de 40 e 50, um dos maiores times de futebol que o país já viu. E sim, aquele Vasco era freguês de carteirinha do "Timinho" do Fluminense, aquele que jogava feio mas vencia. Sim, durante a década de 70 e 80 nós podíamos entrar com o time de juniores contra o Vasco que a vitória era garantida. Narciso Doval, veio lá da Argentina emesmo na prorrogação, fez um gol que todos já sabiam que ia sair e nos deu o Carioca de 76. Edinho, com a benção de João de Deus, nos deu o título de 80. Romerito veio do NY Cosmos para o Rio de Janeiro ser campeão Brasileiro contra o Vasco. Sempre foi a nossa sina vencer o Vasco. E parece que está tudo voltando aos eixos depois das décadas de 90 e 2000 tenebrosas que nos fizeram inclusive ser ultrapassados pelo Gigante da Colina em vitórias no confronto.

Perdemos na fase de grupos para o Vasco com uma atuação horrorosa da arbitragem. Fiquei muito chateado, a ponto de não querer escrever nada aqui pois o blog teria que ser censurado para maiores de 18 anos. E a minha revolta demorou para passar. A classificação foi chorada, a vitória nos penaltis contra o Botafogo (o freguês tricolor de mais longa data) podia ter vindo no tempo normal e terminar com o incômodo jejum de vitórias em clássico, mas não, a vitória foi reservada para a final, para o Vasco.

Não tenho muito o que dizer sobre o jogo, apenas que foi um massacre. O Fluminense fez o que se espera dele e a única crítica que eu tenho a fazer é que o Abel não precisava tirar toda a velocidade do time nas substituições, isso fez a gente perder os contra-ataques e sofrer um sufoco desnecessário no fim. Mas fora isso fomos perfeitos.

Agora que venha o Boca Juniors. Que venha a Taça Rio. Que venha a Libertadores!

É isso, amigos.

"Mas, dizia eu no começo que a nossa humildade para aqui."

Um comentário:

  1. Se alguém quiser ler essa crônica na íntegra, ela fala sobre a final do Campeonato Carioca de 1969, um Fla-Flu histórico. Está disponível no livro "À Sombra das Chuteiras Imortais" que reune grande parte das crônicas de Nélson Rodrigues.

    Ou, pra quem não quiser comprar o livro, pode encontrá-la no blog do PC (http://jornalheiros.blogspot.com/2009/06/recordar-e-viver-o-fla-flu-de-1969.html)

    ResponderExcluir