Páginas

sábado, 17 de dezembro de 2011

Não tem para onde correr, é agora: Messi x Neymar

Ah, Barcelona x Santos na final do Mundial, o jogo mais esperado do ano. Consenso. Mas falando bem sério o foco da mídia especializada em futebol não é o provável Bi do Barcelona, nem o possível Tri do Santos. Quem falar isso está mentindo. É Neymar x Messi! Não dá para fugir. Em outros tempos, em que a globalização não ficava nem no banco de reservas, os brasileiros estariam em polvorosa orando pelo sucesso de Neymar e pelo fracasso de Messi. Nesses tempos que a globalização é camisa 10 no time da cultura nacional - sim cultura de Winning Eleven, de grandes coberturas dos campeonatos europeus - Messi é rei, é herói, é personagem da mitologia mundial. Não compreendam-me mal. Sou jogador de WE, acompanho os campeonatos do velho continente e acho que todos os adjetivos a Messi são merecidos e brilhantemente conquistados pelo maior jogador que surgiu nos últimos 10 anos. Percebo uma grande torcida, talvez até parelha, do time do Barcelona, em relação ao Santos aqui no Brasil. Como o Higor bem disse, é tudo subjetivo. Questões objetivas não são levadas em conta quando o assunto é torcer, mas a proximidade dos jovens brasileiros com os times de fora é algo a ser bem considerado. Não escondo minha torcida por Neymar e os outros.

A real é que para Messi é mais um grande jogo. Se ganhar ou perder, seguirá o melhor. Ao Neymar o primeiro teste. O primeiro jogo nível extra-classe. A hora da verdade para de vez conquistar os europeus. Em caso de superioridade contra o rival, é a consagração, é a consolidação de um gênio do Brasil. Aos olhos dos europeus, sai de revelação latino-americana para craque impreterível ao futebol de lá. Portanto, é fácil avaliar com quem está a maior carga de pressão. Caso supere o super Barcelona, e toda a pressão interior, da imprensa e torcida, ele mostra de vez o que é. Refletindo, o que falta para Neymar ser equiparado a Messi? Para mim, Neymar é mais completo, o que, é bom que se diga, não significa ser superior. Neymar é mais variável, mais dinâmico, mais surpreendente. Messi é mais previsível. Previsível como a chuva. Os meteorólogos sabem da tempestade, e quem consegue evitá-la? Ao Neymar falta chegar a um time encaixado, um treinador que saiba usá-lo, consiga ver nele um jogador livre. Sim, é a estrela e deve ser concebido assim. Neymar não é esforçado, é genial. O esforçado se mata para brilhar. O genial só brilha. Tecnicamente Neymar não precisa de nada para ser igual a Messi. Falta experiência e caixa em algum grande clube europeu.


Voltando ao assunto subjetividade, Neymar e Messi dividem opiniões. Neymar e Messi trilham caminhos distintos. Neymar mais irreverente, mais jovial, mais moleque (no bom sentido, ou não, dependendo de cada ponto de vista); Messi mais tímido, mais introspectivo, algo a ser confundido com arrogância. No ufanismo, é coisa de Argentino. Na sobriedade, apenas um menino. Você está com quem neste domingo?

  

2 comentários: