Por que, Botafogo?

O ano de 2011 acabou. Depois de passar quase todo o campeonato nas primeiras posições o time termina de forma melancólica na nona posição.

Por causa disso, os botafoguenses ouviram (e continuaram ouvindo) muito neste fim de ano, o fato de ser o único carioca a não se classificar para a Libertadores fez dos torcedores alvinegros alvos de vascaínos, tricolores e flamenguistas.

Entre muitas lamentações pelo sofrimento de ser botafoguense (de outros, eu nunca passei e nunca mais voltarei a passar por isso) e muitos deboches de outros torcedores, ouvi de um amigo vascaíno algumas sugestões de clubes caso eu quisesse “parar de sofrer”.

Isto me fez pensar novamente, onde, como, por que me tornei botafoguense.

Meu pai (botafoguense) e minha mãe (flamenguista) juram de pé junto que isto aconteceu no dia 21/06/1989, Luisinho lançou para Mazolinha, este cruzou para Maurício, gol do Botafogo, grito do meu pai, prato caído e quebrado no chão, um criança de três anos chorando absurdamente e fadada a ser botafoguense para o resto de sua vida.

Confesso que não lembro muito do fato (lembro do grito, do prato quebrando no chão mas do jogo não lembro).

Vivo mesmo na memória esta a clara influencia do meu primo Paulinho (grande Paulo Cesar e as partidas de futebol na laje do meu avô) e uma revista Placar de 1993 ou 1994, nela estavam os 13 maiores clubes Brasil e suas respectivas “seleções de todos os tempos”.

O que de cara notei e me encantou ainda mais pelo Botafogo foi: a seleção do Botafogo em todos os tempos superava a de todos os outros clubes (nem o Santos possuía tantos craques juntos). Base de 3 títulos mundiais do Brasil (melhor jogador por duas copas seguidas, Didi-58 e Garrincha-62) era um timaço mesmo, o que me orgulhou muito.

Quando se fala dos grandes jogadores da história do Botafogo, acusam-vos erroneamente de não terem conquistado títulos relevantes pelo clube, ledo engano, venceram e muito com a camisa do Botafogo, mas sobre títulos falaremos (ou melhor, escreveremos) depois.

Tantos outros fatores colaboraram para a minha identidade alvinegra, não continuarei hoje escrevendo a respeito, mas com certeza estas razões aparecerão em outros posts e comentários

Tudo isso para afirmar: o ano de 2011 foi decepcionante, mas a alma alvinegra segue convicta e inabalada, ser Botafogo é mais do que torcer por um time, é um estado de espirito, como muitos outros já disseram: “ninguém escolhe ser botafoguense é o Botafogo que escolhe você”.

Dito isto, espero que 2012 seja melhor (bem melhor) muitos questionam o Botafogo, mas a evolução acontece, cada ano o time vem mais forte, com mais opções, basta olhar o fim da década de 90 e o inicio deste milênio para notar que a evolução é contínua, esperamos ansiosos o momento de voltar a conquistar grandes títulos, estamos a cada ano nos aproximando e tenho certeza de que conseguiremos no futuro próximo.

Por enquanto é só, foi apenas o meu primeiro post, logo surgirão vários temas e pontos de divergência com meus companheiros flamenguista, tricolor e vascaíno e nós, democraticamente, iremos debater a respeito, cada um defendendo seu ponto de vista e seu time.

Para final do ano estarei atento as movimentações do club

e, bem como suas contratações e dispensas, conforme forem acontecendo comentarei aqui.

Abraço a todos e até a próxima!!