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terça-feira, 6 de dezembro de 2011

No fim das contas...



















O Fluminense começou 2011 como o atual campeão brasileiro, com o melhor técnico do país e a grande fase do pequenino Conca. O Fluminense termina 2011 sem o título brasileiro, sem o melhor técnico do país e sem o pequenino Conca. Mas no fim das contas o ano terminou razoavelmente bem.

Mais uma vez o Fluminense conseguiu estragar tudo no primeiro semestre. Muricy Ramalho, que no ano anterior havia rejeitado a Seleção Brasileira por "não quebrar contratos e dar exemplo para os filhos" fez justamente o contrário. Recebeu uma proposta do Santos e aí fez de tudo para ser demitido, inclusive escalações esdrúxulas na primeira fase da Libertadores em quase todas as partidas (principalmente contra o Nacional em casa, onde ele jogou em um 3-6-1 com 3 volantes), fora a eliminação na Semi-Final da Taça Guanabara para o Boavista. Depois veio a história do "rato" que no fim das contas acabou sendo provado quem era o verdadeiro rato, o senhor Muricy. Ainda teve a confusão com o Sheik, que tomou proporções absurdas mas que no fim das contas foi abafado pela classificação épica contra o Argentinos Juniors mesmo com o "inteirino-efetivo" Enderson Moreira, enquanto esperávamos por Abel Braga.

Veio a segunda fase da Libertadores e parecia que tudo dava certo, uma vitória tranquila por 3-1 contra o Libertad (PAR) em casa e então, inexplicavelmente, perdemos por 3-0 fora e estávamos eliminados. Valeu a pena ficar sem técnico? Só o tempo poderia dizer. E o tempo foi passando, Abel Braga chegou e os resultados não melhoravam. Após uma das poucas vitórias convincentes no turno do Brasileiro (4-0 sobre o Ceará), Fred que havia sido o melhor em campo foi perseguido por "torcedores" e protagonizou um caso de policia, onde ele quase saiu do Tricolor, mas foi convencido a ficar, graças a João de Deus.

Termina o turno do Brasileiro e a espera por Abel Braga vai se mostrando equivocada. Escalações erradas, substituições erradas, time jogando mal e mesmo com alguns reforços (Ciro, Rafael Sóbis, Martinuccio e Lanzini) o time não engrenava. Terminamos o primeiro turno em 11º enquanto nossos 3 rivais disputavam o título. Então acontece o que ninguém imaginava: o Flu perdia por 2-0 para o Atlético-GO em Volta Redonda, um resultado que fatalmente derrubaria o técnico Abel Braga quando os Deuses do futebol, mais uma vez, resolvem mexer os pauzinhos a favor do Fluminense e com dois golaços de Rafael Sóbis e um de Rafael Moura, o Fluminense vira nos últimos oito minutos e ganha folego extra no segundo turno.















"Ufa, escapei da demissão." - diria Abel Braga.

Ganhamos o rótulo de time que não empatava (foram apenas 3 no Brasileiro) mas ainda não encantávamos. Fomos ganhando, ganhando, ganhando, subindo pela tabela mas perdemos um Fla-Flu improvável, que nos levaria ao terceiro lugar, onde jogamos melhor, dominamos e no fim, tomamos dois gols que nunca deveriamos tomar. Abalou. Mas depois voltamos aos trilhos, vencemos partidas importantes fora, Fred voltava a voar, Deco mostrava sua classe que ainda não tinha sido vista pelo Flu, Sóbis sendo decisivo como foi em toda carreira e a disputa pelo título ia se aproximando do atual campeão. Mas aí tropeçamos em casa para o Atlético-MG, de Cuca, diante de 35 mil tricolores. Não era a hora de perder, nos afastamos da briga. Quando parecia que o folego tinha acabado, vencemos Ceará e Inter fora, voltamos a briga e pegamos o lanterna América-MG em casa, para 40 mil pessoas e o que acontece? Perdemos de novo. Ali as nossas chances foram por terra. Conseguimos uma vitória espetacular sobre o Grêmio por 5-4 em uma atuação EXTRA-TERRESTRE de Fred (4 gols) e outra fora de casa contra o Figueirense por 4-0.

Faltavam duas rodadas e o título estava distante, mas possível. Restavam dois clássicos para o time que não havia vencido nenhum no ano. E continuou sem vencer. Derrota para o Vasco (leia aqui o que falei sobre essa partida) e empate contra o Botafogo, em um jogo que não valia mais nada. E no fim das contas vamos a Libertadores, em 3º lugar. Galgamos 8 posições no segundo turno onde tivemos a melhor campanha, além de termos o melhor ataque da competição. 2012 vem aí, o Boca vem aí de novo e "alô América do Sul, cuidado o Fluminense vem aí, é bom se segurar que a poeira vai subir".

2 comentários:

  1. Belo resumo.

    É torcer para que os (muitos) erros de 2011 não sejam esquecidos pela boa e surpreendente campanha no segundo turno do Brasileiro.

    2012 promete, mas muita coisa precisa melhorar.

    Gostei do texto.

    Abs,
    Fernando Aster

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  2. Pelo início de planejamento para o 2012 eu vejo que a diretoria espera não repetir os erros desse ano. Tenho certeza que a chegada do Marcelo Teixeira deu uma sacudida no clube e acho que vai dar tudo certo.

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