Atenção, cuidado com os times mexicanos. É o que diz a placa
do Mundial todos os anos.
Em 2000, primeiro Mundial isolado organizado pela FIFA, e de
2005 pra cá, de maneira anual, foram disputados ao todo 8 Mundiais, já contando
com o de 2011 cujo campeão conheceremos - Messi ou Neymar – amanhã. Bem, esses
não são os dois times, mas a metonímia da parte pelo todo é válida, como já
falou o Luiz Felippe em http://estagiariosdoesporte.blogspot.com/2011/12/nao-tem-para-onde-correr-e-agora-messi.html.
O fato é que em todas as 8 edições, a exceção da de 2005, os times mexicanos
foram os representantes da Concacaf na Copa do Mundo de clubes da FIFA. Seguindo mais ou menos a cronologia temos Necaxa (2000); América (2006); Pachuca (2007, 2008, 2010); Atlante
(2009); Monterrey (2011). O único que quebrou a sequência foi o Saprissa da
Costa Rica - como? - em 2005.
Dentre esses os melhores colocados foram o Necaxa , que
abocanhou um terceiro lugar, e o Saprissa, que nem mexicano é, com idêntica colocação.
O restante foi de 4º pra baixo, e olhe lá.
De todo modo a plaquinha, mesmo com resultados desastrosos das campanhas mexicanas nas competições, ainda está lá avisando "Atenção, cuidado com os times mexicanos".
Convenhamos, não há muito do que temer no México. O que mais assustou no futebol mexicano nos últimos anos foi a gripe suína, e só. Não desmereço o futebol jogado por eles, tem a sua graça, eu como flamenguista mesmo que não posso desmerecer, Cabañas vem, dá-me um tapa, balança a barriga e sai rindo. Mas vamos deixar acertado uma coisa, Mundial de Clubes não é com eles.
A maioria dos analistas todos os anos pegam a plaquinha que fica escondida numa gaveta durante 11 meses e subitamente a colocam pendurada numa parede "Atenção, cuidado com os times mexicanos". Parece mais uma superstição do que uma análise criteriosa. Além disso, não deixa de ser uma chance melhor de acertar pra depois o sujeito falar, "Viu? eu alertei tempos atrás!". É muito mais fácil falar, "os mexicanos vem forte", do que parar pra assistir aos jogos do Mazembe, do Kashiwa Reysol e do Al-Sadd e falar, "dali vem surpresa". Assim, continua mais jogo apontar um mexicano como favorito pra atrapalhar os dois clubes grandes a disputar o torneio - os vencedores de Libertadores e Uefa Champions League.
Convenhamos, não há muito do que temer no México. O que mais assustou no futebol mexicano nos últimos anos foi a gripe suína, e só. Não desmereço o futebol jogado por eles, tem a sua graça, eu como flamenguista mesmo que não posso desmerecer, Cabañas vem, dá-me um tapa, balança a barriga e sai rindo. Mas vamos deixar acertado uma coisa, Mundial de Clubes não é com eles.
A maioria dos analistas todos os anos pegam a plaquinha que fica escondida numa gaveta durante 11 meses e subitamente a colocam pendurada numa parede "Atenção, cuidado com os times mexicanos". Parece mais uma superstição do que uma análise criteriosa. Além disso, não deixa de ser uma chance melhor de acertar pra depois o sujeito falar, "Viu? eu alertei tempos atrás!". É muito mais fácil falar, "os mexicanos vem forte", do que parar pra assistir aos jogos do Mazembe, do Kashiwa Reysol e do Al-Sadd e falar, "dali vem surpresa". Assim, continua mais jogo apontar um mexicano como favorito pra atrapalhar os dois clubes grandes a disputar o torneio - os vencedores de Libertadores e Uefa Champions League.
Eis o que eu acho da placa "Atenção, cuidado com os times mexicanos". Ela representa muito mais pela figuração do que pela realidade. Não estou concluindo que seja uma mentira que as equipes de lá possam ter alguma qualidade. É inquestionável que os mexicanos podem subitamente despertar e conseguir aparecer numa final de Mundial em algum momento, até o Mazembe já conseguiu. O que incomoda mesmo é a placa. Quando a vejo lembro daquelas casas cuja garagem tem uma plaquinha pendurada "Cuidado, cão perigoso" quando lá dentro mora na realidade um filhotinho de Chihuahua, cachorro curiosamente de origem mexicana, inclusive. Viva a ironia!
A verdade é que a placa assusta mais que a fera que por trás dos portões se esconde. Queiram ou não os mexicanos nos mundiais vivem mais das chancelas do que do porte das suas equipes e do seu futebol.
A verdade é que a placa assusta mais que a fera que por trás dos portões se esconde. Queiram ou não os mexicanos nos mundiais vivem mais das chancelas do que do porte das suas equipes e do seu futebol.
Isso passa pelo jornalismo preguiçoso. Os cronistas nada conhecem de nenhum time. Aí pelo nome, talvez mais conhecido, eles dizem que o mexicano vem aí. Ouvi falar muito de Monterrey, e vi um belo time do Kashiwa.
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