Páginas

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

O findar, o legado (e a nova matemática) do Brasileiro 2011

Essa é a continuação e parte final desse outro post "http://estagiariosdoesporte.blogspot.com/2011/11/o-findar-e-o-legado-do-brasileirao-2011.htmlcolocado há algumas semanas atrás. A resposta quanto a aquele foi muito positiva, o que me incentivou a fazer uma segunda parte, somando-se ao fato que eu já desejava porque não salientei tudo quanto gostaria no anterior. 

A respeito do equilíbrio do campeonato e dos benefícios óbvios que isso representa já falei, não vou dizer de novo que isso é muito bom, que é divertidíssimo, que é maravilhoso, que o futebol encanta e que o campeonato é uma dança maravilhosa com luzes e som equiparado a um espetáculo do Cirque de Soleil, que aliás aceito convite de cortesia se almas generosas quiserem ofertar. Enfim, não quero mais falar disso, pretendo falar é de MATEMÁTICA.

Bom, aí começa uma imprudência e incoerência sem tamanho, não por causa da Matemática, por causa desse tal de Higor mesmo. Quem me conhece sabe que sei somar e diminuir como ninguém, só que quando começaram a colocar inequação o problema começou e o desastre mandou aquele "tamo chegando". Tá aí até hoje comigo. Mesmo assim somar e diminuir é comigo mesmo, nunca deixo de pegar o troco certo na condução. Enfim, essa é uma frustração minha. Hoje sinto falta de saber fazer umas continhas maneiras, tirar aquela onda com os meus alunos que sabem matemática e não sabem história. Imagina, "Hey, eu sou professor de História mas sei matemática, e você?" Os estudiosos iam tremer, ia ganhar uma fama instantânea com um número enorme de alunos (2 ou 3) que preferem estudar a estar no Facebook. 

Deixando o delírio de lado, explico porque vou "falar" de Matemática. É o seguinte, algum indivíduo qualquer estava na pracinha de bobeira e começou a pensar "e se a gente fizer uma permutação nessa tabela do brasileiro de forma que os clássicos sejam os jogos finais, como vai ficar?". O cara então foi pra prática. Pensou nas variáveis, permutou tudo e resolveu o problema. A CBF tava de transeunte passando por ali, viu o sujeito escrevendo uma nova tabela seguindo esse padrão num papel de guardanapo, gostou e pediu emprestado. 

Olha, não foi bem assim que a nossa nova tabela surgiu, mas bem que poderia ter sido. Colocar os jogos importantes na reta final era algo tão evidente que mesmo um adolescente brincando de análise combinatória teria feito isso como exercício pra estudar pra uma prova. Vovó já dizia "antes tarde do que nunca", a CBF que não tem vovó nunca tinha ouvido o ditado e ficou sem jeito por ter demorado tanto pra mudar, eles achavam que o "nunca" valia mais que "antes tarde". A culpa não é da CBF, é ausência de vó que faz isso, não apontem o dedo pra pobre entidade. Bem, de todo modo, alguém que tem vó um dia lembrou do ditado e decidiu prestar socorro a maior responsável pelo andamento do futebol nacional, e, por fim, aconteceu o que todo mundo já esperava. O campeonato brasileiro passou por uma permutação, e recebeu como resultado uma nova tabela. Os clássicos passariam a ter lugar no final dos turnos.  

O X da questão foi resolvido e o campeonato deste ano não passou por aqueles problemas de torcida pedindo pra entregar, que é, convenhamos, a coisa mais normal do mundo. Melhor que um outro qualquer ganhe do que o seu adversário que é seu vizinho e buzina no seu ouvido. A zuação do futebol é gostosa, mas ninguém quer ser caçoado sempre, sobretudo quando o que está em jogo é o rival levar um título de expressão, que talvez você mesmo não comemore há anos ou decênios.

Enfim, a nova matemática do Brasileirão é boa, fica como um bom legado e serve pra provar que a gente é muito mais esperto que a CBF uma vez que já sabíamos há muito tempo que era melhor os clássicos ao final. Creio que esse foi um dos motivos pra fortalecer esse modelo de competição de pontos corridos que hoje assumo gostar. Superei o mata-mata, ficou no passado. Antes era um fantasma na memória que vinha atormentar, agora não, vivo esquecido dele e ciente de que o presente do campeonato é mais interessante. 

A primeira mudança matemática, pontos corridos, data de anos atrás. Agora a nova matemática conta com a permutação que dá certo. Jogos finais tem que ser entre rivais. Está aí mais um aspecto positivo de 2011 que vai pra vida. 

Antes de ir embora deixo duas coisas claras. Primeiro, não tenho nada contra quem não tem vovó, você não é sujeito pior por isso, fique tranquilo. Mas caso queira tem muita senhora legal por aí, adota uma de coração que já é bem divertido e você vai poder ouvir não só "antes tarde do que nunca" como também outras frases típicas como "quem mistura com porco farelo come", "antes só do que mal acompanhado", "dinheiro na mão é vendaval", "as más amizades corrompem os bons costumes" e muito mais. Segundo, se você não se assustou com a historinha de um carinha que tava de bobeira na pracinha e decidiu brincar de permutar e fazer probleminhas matemáticos, olha rapaz, tu me diz onde tu mora porque tenho poucos alunos hoje em dia que se divertem estudando, quero dar aula em colégio da tua região. 

E só pra fechar com algo minimamente relacionado ao texto: Viva aos clássicos na reta final! 

3 comentários: